terça-feira, 14 de julho de 2009

De volta a Dili

Na segunda vez que aterrissei no aeroporto de Dili, quase duas semanas depois da primeira chegada, minha disposição emocional era completamente outra. Sensação de retorno ao conhecido. Quando cruzei a porta do avião, o bafo quente contra o rosto me trouxe conforto e acolhimento. A tristeza antecipada da partida foi o sentimento seguinte. Eu vivi esta cidade com tanta intensidade que tenho a impressão de estar aqui há meses. Já tenho uma rotina, uma casa e um gato (temo, alias, pelo destino dele). Já sei meu numero de telefone de cor e os nativos da rua já não me chamam de malai. Agora eu sou a brasileira (e uma distinção importante) e todo dia me cumprimentam saindo de casa: “bom dia, brasileira”. No mercado da esquina, penduro a conta quando falta troco. No Hotel Timor, o porteiro me pergunta pelo Ronaldo (uma fixação nacional). Essa sensação de reconhecimento me da sensação de já pertencer um pouco a este lugar.

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